Maria cortava e fazia penteados há quatro anos. Ela tinha certeza de que já tinha visto tudo o que sua profissão tinha a oferecer, mas então ela conheceu Lucy. Ela a recebeu no salão com um sorriso, vendo outra bagunça de cabelo esperando por ela para conquistar. Mas quando ela começou a ouvir sua história, ela percebeu que poderia estar mordendo mais do que podia mastigar.
Maria começou a trabalhar como cabeleireira bem antes de terminar o ensino médio. Ela sempre teve um talento especial para fazer as pessoas sorrirem com sua aparência, e com cabeleireiro, ela poderia fazer exatamente isso. Ela começou a ajudar no salão de sua tia por um dinheirinho rápido em seu último ano. Indo para a faculdade, ela sabia que queria se concentrar em cabeleireiro. Ela não tinha ideia do impacto que isso teria em sua vida.
Dois anos depois, Maria encontrou emprego como cabeleireira em sua cidade. Ela rapidamente se tornou uma das melhores em sua profissão. Ela ganhou vários prêmios, e as pessoas vinham de longe para visitá-la. Assim como Lucy, que mudaria o emprego de Maria para sempre...
Maria não podia acreditar na bagunça de cabelo que ela iria trabalhar hoje. Ela nunca tinha visto algo assim antes. O cabelo de Lucy era o resultado de anos de maus cuidados com o cabelo. No entanto, esse não era o maior dos problemas, pois seu cabelo guardava ainda mais segredos.
Uma pequena hora no corte de cabelo Maria teve o choque de sua vida quando viu o que estava dentro do cabelo de Lucy. Ela sabia que não tinha outra escolha a não ser chamar a polícia, mas quando eles chegaram, Lucy pulou da cadeira do barbeiro e correu.
Aquele sábado foi agitado para Maria e seus colegas. O salão estava lotado, com cada estilista contratado durante todo o fim de semana. Mas quando Maria estava terminando um de seus frequentadores, ela notou uma adolescente espiando pelas janelas. Ela não prestou atenção, já que muitas pessoas espiavam para ver o que estava acontecendo dentro do salão. Mas o que a menina fez fez com que Maria deixasse de lado o pente.
A garota, vestida com um par de moletom cinza e um capuz enorme, entrou no salão. Ela correu os olhos azuis pela multidão, o capuz sobre a cabeça e os dedos inquietos ao lado do corpo. Maria podia dizer que ela estava nervosa. Ela colocou a tesoura de lado e a encarou com um sorriso. Mas a garota se virou e saiu da loja.
“Com licença, Bethany,” Maria se desculpou com seu cliente e atravessou o salão movimentado até a rua. "Ei!" ela chamou. A garota estava quase virando uma esquina. “Volte”, disse Maria. A garota parou, virando-se. Havia medo aparente em seus olhos, e seus lábios tremeram. Ela desviou o olhar de Maria. “Por favor, volte,” Maria repetiu, seus lábios se curvando novamente. Ela precisava saber se a garota estava bem.
"Qual o seu nome?" Maria perguntou quando a garota voltou para ela. A garota murmurou Lucy, e Maria compartilhou o dela. “Você quer entrar?” ela perguntou. “Temos milkshakes e ótimas histórias.” Embora a garota assentiu e entrou na loja, Maria percebeu que ela ainda estava inquieta. Ela a acompanhou pelas muitas cadeiras, clientes e estilistas. Quando a garota baixou o capuz, Maria sabia por que ela havia fugido.
“Corta tudo,” a garota disse enquanto Maria olhava para seu cabelo. Estava emaranhado e bagunçado, com bolhas grossas que não viam um pente há muito tempo. "Por que você quer que eu corte?" Maria perguntou, já vendo que ela teria que limpar sua agenda para o resto do dia. “Porque é inútil,” disse a garota. "Eu sou inútil." Seus olhos ficaram molhados de lágrimas, "Por favor, corte tudo."
“Vamos devagar,” Maria disse suavemente. "Vamos começar com um pente primeiro, realmente trabalhar com os movimentos." Ela abriu um sorriso doce, "Vamos usar a tesoura como último recurso, ok?" A garota olhou para ela com curiosidade, mas assentiu. "Por quê você se importa?" ela perguntou. O que ela disse em seguida fez o coração de Maria se partir em dois.
“Ninguém nunca se importa”, a garota compartilhou. A realidade era que Lucy havia passado por terríveis dificuldades em sua vida, perdendo tudo o que tinha. Tudo começou quando ela perdeu a mãe quando criança. Com sua mãe não estando mais lá, ela se sentiu tão deprimida, negligenciada e inútil que não conseguia nem escovar o cabelo.
Como resultado de Lucy negligenciando a si mesma e seu pai não sendo capaz de cuidar adequadamente dela, ela começou a ser alvo da escola. As crianças a chamavam de nomes terríveis, e Lucy chegava em casa chorando quase todos os dias.
“Não passava um dia que eu não temesse ir à escola; era o pior lugar imaginável para mim. Enquanto as outras crianças se divertiam e faziam amigos, eu sempre ficava sentado em um canto sozinho, sem ninguém para brincar'', Lucy contou a Maria.